quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Lisboa

A maioria dos turistas que chega a Lisboa deseja fazer férias grandes. E escolhem a capital pela cidade em si e pelos monumentos. O estudo encomendado à Roland Berger & Partners pela Associação de Turismo de Lisboa, quanto ao impacto da deslocalização do aeroporto da Portela para a Ota, revela um retrato curioso dos estrangeiros que nos visitam.


O Castelo de São Jorge é o monumento mais visitado na capital. Depois surge a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos. Quanto aos museus, os turistas dividem-se entre o CCB, o Museu de arte antiga e o Oceanário. Nos passeios pelas ruas de Lisboa, a Baixa é a zona histórica mais visitada, seguida de Alfama e Belém.


Todavia, quem vem à cidade não é um visitante «fiel». Ou porque nunca mais regressa ou porque regressa poucas vezes. Os espanhóis são, sem dúvida, as visitas mais regulares, tal como os ingleses e os franceses.


Mas o grau de satisfação dos turistas que visitam Lisboa é elevado. 42 por cento diz que muito provavelmente irá regressar e 96 por cento recomenda a viagem a outras pessoas. Talvez por isso as estadias dos nossos turistas tendem a ser longas com uma média de 9,9 dias em Portugal e 5 dias em Lisboa. Mais de metade dos turistas integra Lisboa numa viagem por várias cidades de Portugal.


Em relação à divisão dos turistas lisboetas por país temos a Espanha na liderança com 20, 8 por cento. Depois temos os alemães e os brasileiros com 12 por cento. A França e a Itália com 10 por cento, os Estados Unidos com 7,5 por cento, o Reino Unido com 5 por cento e a Holanda com 3,5 por cento.


A maioria, 79 por cento, chega de avião a Lisboa e utiliza a TAP nas suas viagens. A Ibéria e a Lufthansa são as outras companhias aéreas eleitas.


O estudo da Roland Berger & Partners, realizado em 2000, revela também que Lisboa está entre as 10 cidades europeias mais bem «cotadas». Acima de Amesterdão, Londres, Madrid e Munique, mas abaixo de Paris, Praga, Viena ou Barcelona.


Para a promoção da cidade os turistas consideram que os eventos regulares deviam ser mais promovidos. E dão dois exemplos: um festival gastronómico ou um festival de música. Mas os nossos visitantes também gostavam de ter mais zonas ribeirinhas fechadas ao trânsito (55 por cento) e passeios organizados no rio Tejo (47 por cento).


Quanto ao aeroporto da Portela os visitantes criticam o tempo de espera pela bagagem, o deficiente serviço de autocarros e a falta de informação turística.


Por isso mesmo, não é de estranhar que 65,8 por cento dos turistas utilize o táxi no percurso do aeroporto ao respectivo destino.


Em comparação com outras cidades a rede de transportes de Lisboa é das menos apetrechadas. No entanto, o metro é o meio que reúne melhores condições para os turistas, que apenas lamentam a "pequena" cobertura da rede, que não chega a todas as zonas da capital.

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