quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Turista deve equalizar tempo e distâncias em viagem de trem

O sacolejar constante vai embalando todos como se fosse uma canção de ninar. Pelas janelas, passam plantações de girassóis, moinhos de vento, bicicletas em estradas de terra, vilarejos e balões.


A malha ferroviária européia coloca o trem como um dos meios de transporte mais confortáveis e práticos para quem deseja conhecer o continente. Um pequeno trecho e pronto, já se está em outro país.


Dependendo do tipo de bilhete, o viajante ainda pode pegar quantos trens desejar no período de um dia, possibilitando um roteiro do tipo pot-pourri, opção em que cabe um pouco de tudo, com paisagens e passeios variados.


A viagem, no entanto, começa muito antes do apito da partida: é preciso planejá-la. Um bom plano nada mais faz do que combinar, conforme os interesses de cada viajante, tempo e espaço.


Trata-se de hierarquizar os destinos e verificar as distâncias entre eles, para então conseguir distribuir, de maneira mais ou menos organizada, o número de dias pela quantidade de paradas desejadas.


É possível tanto fazer um roteiro frenético, com o maior número de visitas no menor espaço de tempo, quanto estabelecer um cronograma mais folgado, com direito a passar uma semana inteira em uma mesma cidade. Mas, como suave é o caminho do meio, procure estabelecer um meio-termo.


Reserve de três a seis dias para cidades maiores e capitais; cidades pequenas podem ser conhecidas em dois ou três dias. Lembre-se de que a conta tem de englobar o tempo que se leva de uma cidade a outra.


Procure também conhecer os destinos de uma mesma região antes de ir para outra, para economizar o vaivém. Outro fator determinante para traçar o roteiro é escolher qual será seu ponto de chegada na Europa e quais os possíveis pontos de partida para voltar ao Brasil.


Verifique quais os vôos que mais lhe interessam e quais companhias aéreas apresentam as melhores tarifas. Se for voar por uma empresa européia, provavelmente terá de descer na capital do país que ela representa, o que já pode servir de pretexto para passar alguns dias por ali.


Grosso modo, quem voar pela AirFrance tem grandes chances de descer em Paris, para ficar ou para fazer a baldeação que o levará a seu destino final. O mesmo vale para os passageiros da Lufthansa, suscetíveis a descer em Munique ou Frankfurt, os da Ibéria, que provavelmente descerão em Madri, e os da Alitalia, fortes candidatos a espichar as pernas em Milão.


Uma vez escolhido o local de aterrissagem, trace a partir dele uma rota unidirecional, para facilitar o planejamento. É recomendável ficar um pouco a mais no local de chegada para zerar o cansaço do avião e se acostumar com o fuso horário.


Reserve também um dia extra para ser gasto na última parada antes do regresso, o que ajuda a desacelerar e a garantir uma volta mais descansada.

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