Kaiserslautern e Hamburgo

Se o Brasil for vice na primeira fase, o roteiro B vai nos levar primeiro a Kaiserslautern, uma pequena cidade de 100 mil habitantes localizada junto à Floresta do Palatinado, no sudoeste do país. Seu maior atrativo, infelizmente, não está ao alcance dos turistas-de-um-dia-só: são as inúmeras trilhas que existem nos arredores. Como o jogo vai ser cedo, talvez você só tenha tempo de ir à Sankt Martinplatz (Praça de São Martinho) e subir o calçadão até a Fonte do Imperador (Kaiserbrunnen), onde há uma escultura meio samba-do-alemão-doido que resume a história da cidade com personagens insólitos (entre eles alguns elefantes). Ou então de passear por um dos dois jardins da cidade, o Gartenschau, um belíssimo jardim de flores, ou o Jardim Japonês, o maior da Europa no gênero.

A segunda parada é mais interessante: Hamburgo é uma cidade de alma nórdica que não costuma entrar nos roteiros de viagem à Alemanha. Um dia é pouco para descobrir seus encantos – a cidade é espalhada e impossível de cobrir a pé. Se você tem tempo para apenas um passeio, desça na estação Jungfernstieg e pegue um dos barcos que fazem o tour de uma hora e meia pelo Lago Alster, que bordeja os bairros mais elegantes da cidade. E, depois do jogo, esbalde-se em Reeperbahn, o bairro onde a zona e a boemia convivem alegremente, sem problemas. (Mas a ruela onde as prostitutas se exibem em vitrines, a Herbertstrasse, é fechada; só é permitida a entrada de homens – maiores de idade, claro.)

130

É o número de litros de cerveja, em média, que um alemão consome ao longo de um ano. Em Munique, essa marca sobe para 190 litros – uma caneca grande por dia. Para comparar, a média brasileira é bem mais modesta: 47 litros por pessoa.

Uma musa no xadrez

Em 1978, a atriz berlinense (do então lado ocidental) Nastassja Kinski, aquela coisa maravilhosa de boca idem – a Jane de Paris, Texas –, passou cinco dias na prisão quando tinha 19 anos de idade. Ela foi penalizada por usar diversas vezes o transporte público sem pagar (não há catracas nos trens e metrôs alemães) na adolescência. A pena originalmente imputada era prestação de serviços num hospital, mas ela recusou – e acabou amargando esses dias de xilindró. Melhor não seguir seu exemplo.

KAISERSLAUTERN

FICAR

O compacto Schulte (Malzstrasse, 7, 20-1690, www.hotel-schulte.de. Cc: todos. Diárias desde € 120) fica pertíssimo do estádio e é freqüentado por amantes do futebol e do vinho. Já o charmoso Altstadt (Steinstrasse, 51, 3-6430, www.altstadhotel-kl. com. Cc: todos. Diárias desde € 79) fica no calçadão principal da cidade antiga.

COMER

Tanto o prédio quanto o cardápio são históricos no Spinnrädl (Schillerstrasse, 1, 6-0511, www. spinnraedl.de). Para um bom contrafilé argentino com massa, dirija-se ao Lemon (Rummelstrasse, 7, 892-3888).

PASSEAR

Os dois jardins da cidade só abrem de abril a outubro: o Gartenschau (Tuernstrasse, 2, 710-0700, www.gartenschau.de. € 6) e o Jardim Japonês (Lauterstrasse, 18, www.japanischergarten.de. € 3).

• O código telefônico de Kaiserslautern é (0) 631

HAMBURGO

FICAR

Fãs de design não se importam com o fato de o ultramoderno 25 Hours (Paul-Dessau-Strasse, 2, 85-5070, www.25hours-hotel.com. Cc: todos. Diárias desde € 100) ser meio fora de mão; os mãos-fechadas adoram que o Ibis Hamburg Alster (Holzdamm, 4, 24-8290, www. accorhotels.com. Cc: todos. Diárias desde € 79) esteja numa região chique junto ao lago.

COMER

Duros na queda precisam experimentar a sopa de enguia (aalsuppe) da Fischerhaus (Fischmarkt St.-Pauli, 14, 31-4053, www.restaurant-fischer haus.de. Cc: Mc, V). Para pegar mais leve, passeie pelo corredor de restaurantes da Lange Rheie, onde estão o amplo Thonalee (no número 107, 2800-8480, www.turnhalle.com) e o inventivo Cox (n0 68, 24-9422, www.restaurant-cox.de. Cc: Ae). Ou escolha um dos restaurantes descolados do Schanzenviertel: desça na estação Sternschanze e percorra a Susannenstrasse até a Schulterblatt Strasse.

• O código telefônico de Hamburgo é (0) 40